Mercado de Trabalho




Seu sonho é ser disputada pelo mercado? É claro que você pode chegar lá seguindo uma profissão clássica e dando duro para ser reconhecida, mas a escolha de certas carreiras pode encurtar o caminho. Os headhunters Fernando Mantovani e Marcelo Cuellar elegeram as profissões que serão mais requisitadas pelo mercado no futuro. Quem sabe uma delas não tem tudo a ver com você? Confira:

1. AGROECOLOGIA
Se você luta por um mundo mais sustentável e livre de agrotóxicos, vai gostar de saber que já pode transformar sua ideologia em trabalho. O profissional de agroecologia pensa e planeja sistemas de produção sustentáveis em todas as esferas: produtiva, ambiental, econômica, social, política e até cultural. Isso significa que você pode trabalhar na produção de alimentos orgânicos, propor formas de inclusão social de comunidades produtoras ou ainda atuar em reservas extrativistas de madeira certificada.
 · Por que é promissora: "A humanidade se deu conta de que o futuro depende dos cuidados que temos com o ambiente, os alimentos e o desenvolvimento local", diz Eli Lino de Jesus, coordenador do curso do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais.
·  Formação: a graduação pode ser concluída em quatro ou cinco anos e é dividida em aulas teóricas e visitas técnicas.
· Média salarial: R$ 2 mil (recém-formado) e R$ 10 mil (após cinco anos de experiência).

2. EDUCAÇÃO ESPECIAL
Estar preparada ou preparar outras pessoas para atender alunos especiais: essa a missão desse profissional, que aprende a criar e implementar procedimentos que garantam o desenvolvimento dessas crianças e adolescentes. Você pode trabalhar em escolas públicas e privadas e em instituições como a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE).
· Por que é promissora: a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais no ensino regular se tornou uma política nacional e o número de crianças com deficiência nas salas de aula regulares saltou rapidamente de 81 mil, em 2001, para mais de 380 mil em 2009. A demanda por profissionais preparados está crescendo muito.
Formação: o curso tem duração de quatro anos, com atividades práticas desde o início e estágio supervisionado.
· Média salarial: R$ 1.800 (recém-formado) e R$ 12 mil (após cinco anos de experiência)

3. ENGENHARIA DE PETRÓLEO
Passar dias ou meses em uma plataforma em alto-mar, longe de grandes cidades, soa como uma aventura para você? O curso de engenharia de petróleo pode ter o seu perfil. Prepara o profissional para descobrir novas jazidas ou para a criação de equipamentos utilizados nas plataformas marítimas, nas petroquímicas e em refinarias. Outras frentes de atuação são a venda do petróleo para clientes nacionais e internacionais e estudos de logística.
· Por que é promissora:  "Nos últimos anos, os investimentos para desenvolvimento de campos de petróleo aumentaram. E, com os reservatórios do pré-sal, surgiu ainda mais demanda por profissionais qualificados", explica Sérgio da Fontoura, coordenador do curso de graduação da PUC-RJ. A previsão da Petrobras é que os campos do pré-sal estejam produzindo, a partir de 2017, mais de um milhão de barris por dia.
· Formação: o curso dura cinco anos.
· Média salarial: R$ 5 mil (recém-formado) e R$ 17 mil (após cinco anos de experiência)

4. ENGENHARIA CIVIL
Alguns dias você pode passar trancada em uma sala apenas fazendo projetos. Em outros, põe a mão na massa, vai acompanhar a execução da obra e orientar a equipe. Os profissionais dessa área atuam no planejamento, na construção e na manutenção de projetos de infraestrutura, desde pontes, casas até estádios de futebol. Também podem trabalhar na área de transportes, hidráulica e saneamento.
· Por que é promissora: o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) deve injetar mais de R$ 500 bilhões em projetos de transporte, energia, saneamento, habitação e recursos hídricos. "Além dos programas do governo federal, eventos como os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo também exigirão profissionais qualificados", diz Michéle Dal Toé Casagrande, coordenadora do curso de graduação da PUC- RJ.
· Formação: normalmente com aulas em período integral, o curso dura cinco anos.
· Média salarial: R$ 4,5 mil (recém-formado) e R$ 12 mil (após cinco anos de experiência)
  
5. GERONTOLOGIA
Procura garantir que a terceira idade tenha melhor qualidade de vida. "Estamos formando gestores da atenção ao idoso para as áreas de educação, saúde, políticas públicas e gerenciamento de equipamentos e programas", explica Mônica Sanches Yassuda, coordenadora do bacharelado da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo.
· Por que é promissora: a expectativa de vida das brasileiras já chegou a 77 anos (a dos homens bateu os 73). De acordo com dados do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, nossa população idosa passou de 14 milhões para 17 milhões na última década. E esse crescimento tende a ser contínuo. 
· Formação: o curso dura quatro anos e o estudante faz estágios nas áreas social e da saúde desde o 2º ano.
· Média salarial: R$ 2,4 mil (recém-formado) e R$ 9 mil (após cinco anos de experiência)

6. GESTÃO DE ANÁLISE AMBIENTAL
Grandes empreendimentos necessitam de profissionais da área para as avaliações de impacto no meio ambiente, para monitoramento ambiental e para implantar sistemas de gestão verde. Segundo Marcel Okamoto Tanaka, coordenador do bacharelado da Universidade Federal de São Carlos, o profissional é responsável por planejar, implementar e controlar a gestão ambiental em escala local, nacional e global. Por exemplo, se você gosta de assuntos relacionados ao meio ambiente e de seres vivos e sua relação com o ser humano, bingo!
· Por que é promissora: a questão ambiental entrou definitivamente na agenda das empresas e do poder público. Por isso, existe grande demanda por profissionais que possam gerenciar projetos na área.
· Formação: em quatro anos, você está formada.
· Média salarial: R$ 3,8 mil (recém-formado) e R$ 12 mil (após cinco anos de experiência)

7. BIOPROCESSOS E BIOTECNOLOGIA
Desde criança você queria ser cientista e ficava criando experiências no seu quarto? Essa é a profissão ideal para quem gosta de inovação. O curso prepara o aluno para desenvolver produtos tecnológicos como medicamentos, vacinas, energia limpa, novas fontes de energia e produtos agrícolas e animais.
· Por que é promissora: "Com o rápido desenvolvimento industrial, vieram dois problemas: a grande poluição gerada por fontes não renováveis, como carvão e petróleo, e o risco de esgotamento dessas fontes. Por isso, profissionais capazes de criar produtos tecnológicos serão tão importantes", analisa Carlos Ricardo Soccol, professor da Universidade Federal do Paraná.
· Formação: o curso dura cinco anos.
· Média salarial: R$ 4,5 mil (recém-formado) e R$ 15 mil (após cinco anos de experiência)

8. COORDENAÇÃO DE MÍDIAS SOCIAIS
Esqueça a ideia de ser paga para passar o dia tuitando. Ser coordenadora de mídias sociais é bem mais complexo. Você pode atuar em duas frentes: uma passiva, que é monitorar o que os clientes postam e o que é falado sobre a marca na internet; outra ativa, que inclui manter um diálogo com os usuários. Segundo Júlio Figueiredo, coordenador da Pós-Graduação em Gestão e Marketing Digital da ESPM, quem quer atuar na era digital deve ter visão estratégica para planejar ações criativas de marketing.
· Por que é promissora: de acordo com a pesquisa "Mídias Sociais nas Empresas: O Relacionamento Online com o Mercado", 70% das empresas brasileiras utilizam ou monitoram o que acontece online. "Por isso, grandes agências de publicidade e grandes corporações possuem equipes para atuar nas redes sociais", diz Eric Messa, professor, em São Paulo.
· Formação: não existe uma graduação específica. Os mais cotados são da área de comunicação.
· Média salarial: R$ 2 mil (recém-formado) e R$ 11 mil (após cinco anos de experiência)


* Os valores médios foram pesquisados no mês de março de 2011



Top10 das profissões mais procuradas no Brasil em 2013

Publicado em 11-06-2013, em http://manda-te.com.

Aqui está o Top10 das áreas do ranking da pesquisa “Escassez de Talentos”, da MANPOWERGROUP, para o mercado de trabalho no Brasil.
1º Técnicos especializados
É no campo técnico que os empregadores mais enfrentam dificuldade para encontrar profissionais. E a escassez permeia todas as áreas técnicas, de automação a edificações, de electrónica a alimentos e bebidas.
Segundo Barberis, no passado o curso técnico no Brasil era considerado um plano B, uma segunda opção. E por isso o investimento na área foi prejudicado, sendo incapaz de suprir a demanda atual.
2º Trabalhadores de ofício manual
Entram nessa categoria trabalhadores com uma habilidade específica especializados em um ofício, como costureiras, passadeiras, sapateiros, eletricistas, pintores, e pedreiros.
A escassez no Brasil segue uma tendência global, já que na média mundial a falta de profissionais nessa área é a primeira do ranking.
3º Engenheiros
Uma pesquisa da consultoria PageGroup ilustra bem essa escassez. De mil oportunidades de emprego analisadas, 38% eram na área de engenharia. Boom na economia, a descoberta do pré-sal e megaeventos esportivos vêm alavancando o setor.
4º Motoristas
Faltam profissionais voltados para o setor de transporte de cargas, ou seja, motoristas de pesados.
De acordo com a ManpowerGroup, isso se deve a mudanças no setor, como o fato de as transportadoras exigirem experiência e capacidade de conduzir caminhões cada vez mais modernos, com tecnologia avançada. Dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) afirmam que o número de veículos de carga registados junto ao órgão é 2,5 vezes maior que o de profissionais inscritos.
5º Operadores de produção
O problema é semelhante ao caso dos profissionais de ofício manual, mas estes funcionários têm atuação mais técnica e trabalham na indústria. De acordo com especialistas, o crescimento da procura não acompanhou o ritmo de formação destes trabalhadores.
6º e 7º Profissionais de finanças e Representantes de vendas
Consultores da área de recursos humanos afirmam que empregadores têm sofrido uma dificuldade crescente para encontrar profissionais que atendam ao novo perfil da profissão.
De acordo com os especialistas, quem vende hoje precisa ter um conhecimento mais aprofundado, com mais habilidades na área de finanças e sistemas de comunicação em outros países, além de capacidade de pensar em soluções e gerir equipes.
 8º Profissionais de TI
A escassez diz respeito a área de tecnologia em geral, seja dentro de empresas do setor ou em companhias que nada têm a ver com tecnologia especificamente.
A procura em TI explodiu tanto em empresas de desenvolvimento de software como em bancos e companhias de telefonia celular, por exemplo, onde se cuida de gestão dos computadores e áreas de sistemas internos.
9º Operários não especializados
Os especialistas avaliam que faltam profissionais em diversos setores da indústria brasileira e dizem que a escassez foi gerada pelo aumento da procura, que tem sido enorme nos últimos anos.
São inúmeras obras por todas grandes capitais e, como os prazos são escassos, não há tempo útil para se dar oportunidade a quem não tem experiência, de acordo com a ManpowerGroup.
Há também carreiras mais atraentes, e a possibilidade de cursos técnicos acaba por afetar a quantidade necessária de trabalhadores no setor.

10º Mecânico
A profissão vive um cenário que se mistura com a situação do setor de ofícios manuais e a de motoristas, com profissionais com uma habilidade específica, mas que precisa de se atualizar.

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